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  • Jeanne Dielman, 23 quai du Commerce, 1080 Bruxelles, 1975

    Chantal Akerman

    Bélgica

    Por que a escolha?

    “Para dizer muito é preciso mostrar pouco” dizia Chantal Akerman (1950-2015). E foi exatamente isso que ela fez em Jeanne Dielman. Mostrou pouco e disse tudo. As três horas e vinte minutos de duração do filme mostram três dias da vida de uma dona de casa viúva, em Bruxelas. Dias que transcorrem com ela fazendo compras e cozinhando, lavando a louça, limpando a casa, penteando-se, tomando banho e em outros rituais domésticos que, para nossa surpresa, ela alterna com o também ritual de dormir com homens por dinheiro. Cada uma dessas ações é apresentada em um tempo próximo ao tempo real. E é nessa observação minuciosa, na lentidão do registro, na reiteração de ações insignificantes -e na equiparação com as que não o são-, que Akerman consegue dizer tudo: ela nos faz ver o invisível, faz o que percebemos como normal parecer estranho, explica o inexplicável e, principalmente, despoja de clichês o olhar do cinema sobre a vida das mulheres.

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