Tangerine, 2015
Sean Baker
Estados Unidos

Por que a escolha?
Com um humor fresco e um ritmo desenfreado, Tangerine ganhou destaque por construir uma pequena história de amizade sólida e engraçada, estrelada por duas mulheres trans afro-americanas. Sin-Dee Rella, trabalhadora sexual, sai da prisão um pouco antes do Natal, após cumprir uma pena de 28 dias. Sua amiga Alexandra revela acidentalmente que Chester, o namorado e cafetão de Sin-Dee, está traindo-a com uma mulher cisgênero, e na mesma hora começa uma corrida louca para achar Chester e a amante. Embora a principal característica do filme seja esse ritmo vertiginoso, rude e audacioso, o que fica marcado com ternura e carinho na nossa memória são os momentos mais delicados e tranquilos, habitados principalmente por Alexandra.
Escolhemos Tangerine porque o filme nos recorda a importância da diversidade de representações nas artes, algo tão ausente no cinema hegemônico e comercial. Apesar das limitações de orçamento (impossível ignorar o fato de que foi filmado com celulares!) e graças a um grande trabalho de pós-produção, este filme oferece imagens belas e vibrantes de uma Hollywood contemporânea, queer e suburbana.
Ficha técnica