
© Gillian Wearing, Maureen Paley, London; Tanya Bonakdar Gallery, NYC/LA; and Regen Projects, LA
Album, 2003
Gillian Wearing
Reino Unido
Por que a escolha?
Gillian Wearing (1963) incorporou a máscara em trabalhos anteriores, como Confess. Isso permitiu que ela aprofundasse a ideia de identidade como um artifício, como um jogo de constante ocultação e revelação.
Em sua série fotográfica Album, Wearing usa seu álbum de família como ponto de referência: as fotos dos pais, tios, irmãos e até alguns autorretratos. Ele faz máscaras de látex, todas muito parecidas, e as usa para posar e recriar as fotografias originais. As fotografias inquietam e perturbam. Elas revelam o artifício da montagem não colocando os olhos na máscara. Seu olhar, sempre presente, nos questiona, nos lembra que ela está sempre ali, atrás, encarnando a aparência da mãe na idade em que deu a luz a ela, do irmão adolescente penteando o cabelo, ou do pai posando em um estúdio fotográfico. Ela explora sua própria imagem com fotos tiradas quando tinha três ou 17 anos; faz um jogo com a memória e a semelhança, com a sobreposição de traços e atitudes familiares que são herdados. Com suas máscaras, Gillian Wearing nos lembra que a identidade é um constante jogo de construção, de montagem entre o que adquirimos e o que queremos ser.
Ficha técnica


