
Foto: Paris, Museu de Arte Moderna
Que me veux-tu?, 1928
Claude Cahun
França
Por que a escolha?
Porque já nos anos 1930 ela experimentava formas de subjetivação distanciadas do binômio heteronormativo homem-mulher.
Claude Cahun é o pseudônimo andrógino usado por Lucie Renée Mathilde Schwob, artista e ativista política judia francesa. Através de seus autorretratos, Claude Cahun evitou o biologismo e a heteronorma, e se representava por meio de múltiplas identidades: foi Safo, Eva e Penélope; raspou a cabeça e foi um cavalheiro francês do fim do século 19.
A ambiguidade, a imprecisão e a impossibilidade de classificar ou rotular o que se vê nas suas fotografias é precisamente o que mais chama a atenção na sua obra, e o que nos leva a celebrar o fato de que, tão cedo, tenha falado sobre identidade, sobre a forma como nos percebemos, como pensamos sobre nós mesmos e nos apresentamos como algo em constante construção. O gênero, nas fotografias de Claude Cahun, é uma ficção.
Ficha técnica


