Por que a escolha?

Emma Kunz (1892-1963) pertenceu a uma geração de visionários, especialmente de visionárias, que alcançaram um reconhecimento significativo em suas áreas e que aproveitaram esse poder, essa popularidade e esse status para organizar e fortalecer grupos (que incluíam médiuns, canalizadores, videntes, artistas, curandeiras e espiritualistas) que estão na origem da primeira aspiração feminina ao sufrágio em diversos países da Europa e nos Estados Unidos.

Autodidata, Kunz chegou aos rituais de cura muito cedo, guiada basicamente por sua desenvolvida sensibilidade em relação à natureza e pela observação concentrada com que buscava entender suas leis e comportamentos. Sua inclinação espiritual e seu desejo de servir nasceram e se fortaleceram na comunhão com o entorno dos lugares onde viveu e onde desenvolveu seu importante legado. Mais de 400 desenhos registram conhecimentos avançados sobre as informações que podem ser decifradas nos campos eletromagnéticos em relação à harmonia ou desarmonia que afeta a saúde humana e a do planeta em geral.

Por serem desenhos nos quais é possível reconhecer uma variedade impressionante de versões de harmonia e beleza, o legado de Emma Kunz foi incluído em primeira instância no mundo da arte, onde começou a se posicionar como uma das pioneiras mais sólidas da criação geométrica abstrata. No entanto, fica claro que Emma Kunz não trabalhava para o mundo da arte, com o qual não tinha nenhuma ligação. Ela se reconhecia como curandeira e pesquisadora, o que evidentemente indica que estava trabalhando para aprofundar suas preocupações com a arte da cura e para nutrir suas respostas sobre equilíbrio energético.